Ecosan do Brasil será responsável pelo processo de tratamento, fornecimento de máguinas e equipamentos e integração dos sistemas.
O novo terminal de passageiros do aeroporto internacional de Goiânia,
que tem inauguração prevista para o primeiro semestre de 2016, sai na
frente nas tendências do mercado e será o primeiro do Brasil a utilizar
conceitos e parâmetros seguros no tratamento de reuso direto de águas,
com um projeto inovador que possibilitará o reuso de águas cinzas
oriundas das torres de resfriamento, pias, chuveiros, bebedouros e águas
pluviais.
Segundo André Ricardo Telles, diretor executivo da Ecosan do Brasil,
empresa líder em equipamentos para tratamento primário e secundário de
efluentes domésticos e industriais, contratada para o desenvolvimento e
operação do sistema, a iniciativa representa um novo conceito em
projetos. “Em linha com a escassez de recursos hídricos, o sistema
reduzirá significativamente o custo e o consumo de água potável nas
operações. A adoção destes processos representa a preocupação com os
recursos hídricos e ambientais”, afirma Telles, ressaltando que o prazo
para a implantação das máquinas e equipamentos no terminal foi
extremamente rápido.
O sistema de tratamento de reuso de águas cinzas receberá também,
diariamente, os descartes das torres de resfriamento, que serão
continuamente tratadas quimicamente, para fins de ajuste e equilíbrio do
pH, controle de corrosão e incrustação, além do controle do crescimento
de algas. A Infraero terá como responsabilidade o monitoramento dos
parâmetros, enquanto a Ecosan do Brasil se responsabilizará pelo
processo de tratamento, fornecimento das máquinas e equipamentos,
integração dos sistemas, treinamento e inicio das operações e atividade.
Segundo Telles, o sistema é baseado em quatro estágios. O primeiro
estágio consiste na separação de água e óleo, através de blocos
coalescentes. Já o segundo estágio leva em consideração um sistema
completo de tratamento biológico de águas, que estão contaminadas com
matéria orgânica e seguirão para processos de equalização, recalque,
aeração, sedimentação e polimento. O terceiro estágio consiste no
tratamento físico-químico e prevê a remoção de demais contaminantes e
filtração mecânica. Finalizando a solução, um sistema de desinfecção por
ultravioleta. Neste contexto, segundo o diretor executivo da Ecosan,
foram considerados aspectos importantes para segurança dos passageiros,
já que todo o desenvolvimento do projeto elétrico e automação foi
elaborado dentro de requisitos obrigatórios para uma área classificada
(ambiente explosivo), com painéis, motores, acionamentos e equipamentos a
prova de faísca e explosão.
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